Alfabetização e Gêneros Textuais: Influência das Inteligências múltiplas na leitura ...

Alfabetização e Gêneros Textuais: Influência das Inteligências múltiplas na leitura ...: " Durante anos fiquei intrigada com a escrita dos alunos do 2º ano de alfabetização. Um exemp..."

Influência das Inteligências múltiplas na leitura e escrita.

         Durante anos fiquei intrigada com a escrita dos alunos do 2º ano de alfabetização. Um exemplo a ser dado: certo dia, durante a realização de um ditado, vi um aluno escrever a palavra gato da seguinte maneira hato. Abaixei até ele, apontei  letra por letra usada naquela palavra e perguntei que nome tinha cada uma. Ele respondeu corretamente H A T O .Pedi então que lesse a palavra escrita e ele leu GATO Sorri alegremente por ter descoberto naquele momento que aquele aluno usava o raciocíonio lógico durante as aulas de leitura. Usava de sua potência maior para aprender. Veja que lógica fantástica: Se T + A é TA Logo H+A deveria ser GA. Aproveitei o momento para mostrar que aprender a ler não era igual a aprender fazer contas. Fiz uma lista no quadro para mostrar a quebra fonética usada com a letra G. Antes de A, O, U seria pronunciado pela lógica do nome da letra H e diante das letras E e I seria pronunciado pela lógica do nome da letra J. E que assim seria:
 GA GO GU (GE GI= JE JI). E expus no quadro várias palavras:

gato     gula         goma    geleia         gigante       jacaré   jiboia   jeca          José   Jurema

garra   Gustavo   agora    geladeira    girafa         Javé      jiló      Jeremias    jovem    Júlia

Mostrei ainda que o H no início das palavras nao era pronunciado ou seja, ele nao tinha nenhum som.
ha -he -hu- hi- ho = a- e- u -i- o

Nesse momentoele ficou satisfeito e compreendeu que na língua portuguesa não havia lógica e que ele deveria usar mais a visão e a audição para aprender mais. E desse dia para frente esse menino começou a perguntar diante de suas dúvidas na elaboraçao da escrita e da leitura. O que me deixou feliz e aliviada por encontrar o nó que impedia este aluno de aprender.